Atraso na Fala, Troca de Letras e Sigmatismo Lateral do Angolano Méurcio Talocha.

 

Méurcio apresentava um atraso na linguagem com quatro anos de idade e o revolucionário fonoaudiólogo Simon Wajntraub, recuperou a sua fala com um tratamento intensivo utilizando recursos áudio-visuais (Rio Copacabana e Barra, SP e Brasília).

Méurcio era uma criança que residia em Angola e apresentava um atraso severo na sua fala. Através de recomendações, sua mãe deslocou-se para o Rio de Janeiro com a finalidade de realizar o tratamento do seu filho com o meu método.

O Méurcio era uma criança negra com o físico muito desenvolvido para a sua idade, e apresentava a força física de um adulto.
Em Angola, os médicos diagnosticaram a deficiência na fala do Méurcio totalmente sem fundamentos, alegando que ele apresentava uma baixa auditiva e queriam operar desnecessariamente os ouvidos. A sua mãe relutou e trouxe-o para o Brasil, pois estava com pressentimento de que o parecer médico não tinha fundamento. Outra barbaridade ao chegar ao Brasil: os médicos cismaram que ele estava com problema na adenóide, e insistiram tanto que os pais consentiram que ele fizesse a cirurgia, a qual não era necessária, pois o menino respirava bem e não roncava.

Iniciei o tratamento com uma carga horária intensiva diretamente na sua fala. Nada de jogos e brincadeiras bobas. Utilizei muito a filmagem e o microfone, além do computador, estimulando constantemente a área da fala no cérebro. Chegamos a ficar três horas por dia. O Méurcio estava com muita dificuldade na alimentação porque sua mãe dava muito sanduíche. Além do tratamento na parte da manhã conosco, ele freqüentava um colégio na parte da tarde, e lá almoçava no colégio. Quando estava perto das outras crianças ele almoçava rapidamente. Ao percebermos esse fato, passamos a dar o almoço normalmente. A poderosa chefona, a super mãe Angela, minha esposa, que já havia educado os nossos sete filhos, passou a alimentá-lo. No início necessitou de um pouco de energia.
A família do Méurcio estava numa depressão incrível, morrendo de medo de ele não falar nunca mais. A proposta mais incrível dos pais dele, devido a ele ter se ambientado com a minha família e com as minhas duas filhas fonoaudiólogas, Laila e Elka foi a seguinte: queriam que o Méurcio ficasse morando na sua casa por um período de no mínimo dois meses.

Todos ficaram perplexos, mas como eu sou cientista, não poderia perder uma oportunidade dessa. A minha pesquisa consiste em retirar a criança de um ambiente em que a comunicação dos familiares é restrita, metódica e às vezes um pouco melancólica e colocá-la num ambiente oposto, onde todos se comunicam constantemente – e a alegria, a felicidade e a liberdade fazem parte da família Wajntraub.

A mãe do Méurcio retornou para Angola e nós assumimos essa responsabilidade total. Quando falo nós, somos meus sete filhos, eu e a minha esposa. Todos estimularam constantemente e intensivamente a fala do Méurcio.
Ninguém lhe entregava nada se ele não falasse o que ele queria, até um copo d’água. Os pais cometem esse erro bárbaro de castrar a comunicação do filho dando tudo o que a criança quer sem o menor esforço, é só ela apontar, e lá vai o pai ou a mãe sem preparo pegar as coisas para o filho, tolhendo a sua comunicação oral. Se a criança chorar, então os pais desabam, fazem mais ainda a vontade do filho, depois ficam julgando que ele está com um atraso tão grande, que parece que não compreende nada. É lógico: a falta de estímulo para a criança ficar independente é tão grande que ela fica completamente boba.

Chega de dar lição de moral aos pais incompetentes, quero continuar falando sobre o caso do Méurcio de Angola. Essa experiência foi fantástica. Na parte da manhã, ele ficava exercitando a sua fala: só para vocês terem uma idéia, no café da manhã éramos eu, Laila, Elka, Enzo, Igor, a minha esposa… todos “enchendo o saco” dele, exigindo a sua fala constantemente. À noite, quem cuidava dele na hora de dormir era a Angela, a super mãe.

Um detalhe interessante é que nos fins de semana as minhas filhas saiam com os namorados, e eu e a minha esposa levávamos ele nas nossas atividades de fim de semana, restaurantes, festas etc. Era muito engraçado quando as minhas filhas ou a minha esposa andavam com ele na rua, todos morriam de curiosidade se era filho e quem era o pai.

O Méurcio era muito tímido socialmente, chegava perto das pessoas estranhas e ficava mudo. A sua mãe era bem fechada também.
Um mês depois, o seu pai veio visitá-lo e chegou sem avisar, num domingo em que estava acontecendo uma festa de aniversário em minha casa. O menino estava numa alegria incrível; o pai, fechado, até um pouco autoritário, pois ele é militar em Angola, naquele momento, por incrível que pareça, ele começa a olhar os dentes, o corpo, a cabeça do menino para ver se estava tudo perfeito. Eu comentei que ele estava sendo muito bem tratado. Após essa auditoria física, o pai começa a querer interferir no tratamento insistindo para o menino freqüentar uma psicóloga. Eu indaguei: Como? Se ele não fala quase nada? Perto do pai… aí que ele ficou totalmente calado.

No dia seguinte fiz uma gravação mostrando o Méurcio na parte da manhã, com todas as atividades. À noite, ao mostrar o vídeo para o seu pai, o menino disparou a falar sobre o que ele estava vendo: “Olha o Méurcio comendo pão!”; “Olha o Méurcio tomando banho!”; “Olha o Méurcio no computador!”; Etc.
O pai se calou e ficou perplexo com a melhora, mas insistiu em colocá-lo na psicóloga, fato que ocorreu… Só que a psicóloga ficou falando muito na mãe e na irmã dele e acabou encucando o garoto… Daí em diante na hora de dormir ele comentava “tia Pancha, bebê”… E eu não entendia. Até que o pai falou que tia Pancha era a sua mãe e bebê era a sua irmãzinha de 1 ano. Depois, os pais resolveram tirar da psicóloga.

No final do segundo mês a sua mãe aparece do nada às 9 horas da manhã, numa segunda-feira com o bebê, sem falar nada. Estávamos acordando naquela hora porque havíamos realizado uma super festa de aniversário da Angela no dia anterior.
O Méurcio dormia na sala, e, ao abrir a porta e ver a sua mãe e sua irmã, ficou perplexo e foi com elas para um hotel, onde, ao abrir a janela, fez o seguinte comentário: “Ih! Vai chover o céu está fechado, o sol foi embora!”. A mãe chorou de emoção
Depois, ela ficou mais um tempo no Brasil, foi embora sem se despedir, e voltou só em dezembro, de surpresa. Para variar, nos pegou desprevinidos. Ao abrirmos a porta, ficamos espantados com a presença do Méurcio, da sua mãe e do bebê que já estava com dois anos e falando tudo, porque o Méurcio com a sua fala estimulou muito a comunicação dela.
A mãe do Méurcio o trouxe para fazer uma reciclagem, pois o menino estava falando bem, mas o S e o Z estava saindo pela lateral – sigmatismo lateral.

Méurcio era um pouco agressivo e apertei bastante nesse ponto, onde mostrava para ele o tempo todo que ele tinha que ser um ser social e saber conviver com outras pessoas. Às vezes, ele me jogava algum objeto, eu revidava fingindo que ia jogar em cima dele. Ele era muito bruto com os movimentos, segurava as suas mãos como se estivesse freando os movimentos bruscos, ele ficava irado, porque ele não conseguia se desvencilhar da minha força. Até que ele foi entendendo que tinha que obedecer e ser bem comportado, mudou da água para o vinho.

Quem ficou muito triste, quando ele voltou para Angola foi a mãe temporária, a minha esposa a Angela, que ficou muito apegada a ele e ele a ela. Conclusão: não julgue a capacidade mental de uma criança só porque ela tem um atraso na fala. Muitos pais chegam a afirmar que acham que o filho tem um retardo ou é autista, e não se esforçam em estimular continuamente a área da fala no cérebro do mesmo, além dos diagnósticos médicos completamente sem sentido, como vocês viram no caso deste menino de Angola.


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Simon Wajntraub

Fonoaudiólogo e Professor de Oratória com mais de 50 de experiência. Idealizador dos Métodos "Porradaterapia" e "Argumentação sob pressão".

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