Médica Inconsequente influencia gagueira adquirida!

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Por incrível que pareça, o relato a seguir aconteceu recentemente, em 2013: uma criança completamente gaga, de 2 anos e meio, apareceu na minha clínica de fonoaudiologia e oratória.

Fui pesquisar junto à mãe quais seriam as causas mais prováveis, e chegamos à conclusão de que a criança assimilou a gagueira da babá, que era completamente gaga.

Ela havia pedido conselho e orientação da pediatra da criança e a médica, por falta de conhecimento na área da fonoaudiologia, deu um vexame profissional, comentou que a mãe poderia ficar tranquila, que a criança não assimilaria a dificuldade na fala da babá. Mal sabia ela que um dos fatores de maior frequência na assimilação da gagueira é a imitação ou a convivência com pessoas com este problema na fala.

Já fiz varias campanhas para retirar comerciais que utilizavam personagens gagos, pois muitas crianças achavam engraçado e ficavam imitando o personagem do comercial, acabando por perder o controle sobre a fala e ficando gagas. Eu sempre cito o exemplo de uma paciente que ficou gaga aos 15 anos de tanto ficar zoando de uma amiga gaga.

Na novela A Rainha da Sucata, Antonio Fagundes fez um personagem que apresentava uma gagueira muito acentuada: vários adolescentes que apresentavam este bloqueio na fala lembravam que, de tanto imitar o personagem da novela, acabaram ficando gagos por isso. Ainda tem um desenho animado que tem um porquinho gago.

Já recebi telefonemas de várias mães de um colégio onde a professora do jardim é gaga, fui ligar para diretora e ela ficou revoltada, porque a professora era a sua filha.

O caso da babá é muito comum nas famílias brasileiras. Já conheci babá que trocava letras, ensinando a criança a falar errado.

Recentemente, fui procurado por um médico geriatra que está com 60 anos de idade e trocava vários fonemas, não conseguia falar o L, a língua não alcançava o palato, o R alveolar era emitido na base da língua em vez de ser na ponta. Ele recorreu ao meu tratamento devido a seu neto começar a imitá-lo, apresentando os mesmos problemas na fala. Quando exigi que ele emitisse o LA, a língua nem levantava. Aí ele fez um esforço enorme e ela chegou na metade do caminho. Percebi que o freio da sua língua era curto, a famosa língua presa, e aconselhei-o a realizar uma pequena cirurgia para soltar o freio lingual (frenectomia). Ele ficou perplexo com a minha percepção, pois já havia comparecido em 5 fonoaudiólogas e nenhuma havia comentado sobre o freio curto. Após a cirugia, a correção da fala ocorreu em pouco tempo.

Um conselho que dou aos pais é que fiquem atentos com as dificuldades de comunicação oral das pessoas que cuidarão de seus filhos, tanto em casa, como no colégio, e também que os órgãos de comunicação não brinquem com as dificuldades da voz e da fala através de personagens, transformando a vida destes seres que apresentam tais dificuldades de comunicação em um inferno, e que os médicos pediatras sejam mais humildes e aconselhem a família a pedir orientação a um fonoaudiólogo para não cometerem barbaridades como a que citei.


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Autor

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Simon Wajntraub

Fonoaudiólogo e Professor de Oratória com mais de 50 de experiência. Idealizador dos Métodos "Porradaterapia" e "Argumentação sob pressão".

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