MAIS UMA VEZ PACIENTE AFÁSICO É CONDENADO A UMA VIDA VEGETATIVA. MAS MÉDICOS E PROFISSIONAIS DO RAMO NÃO SÃO DEUSES.
Depoimento do filho de um paciente afásico que em três semanas está recuperando a fala através do meu método.
Meu pai, professor titular de uma renomada universidade pública brasileira, ex-diretor de faculdade e atual chefe de departamento, no início de um mandato de 2 anos, ou seja, mandato até 2016, foi acometido por um AVC. Os problemas já começaram nas primeiras horas quando nosso plano e o único hospital ao qual ele nos dá direito se recusaram a mandar socorro fazendo com que minha família se visse obrig
ada a contratar uma ambulância particular para que ele não morresse. Ao chegar no hospital nos disseram que o caso era muito grave e nos questionaram do porque que não o levamos antes, pois já havia passado a janela terapêutica para a trombólise. Retrucamos que o hospital se recusou prontamente a mandar o socorro. Diante dessa resposta os médicos simplesmente desconversavam e só falavam que “o caso é grave”, afirmação genérica que diz muito, mas não explica absolutamente nada.
Quando conseguiu uma vaga para a UTI foi dito novamente que o caso era grave, que ele cairia mais nas próximas horas e que seria necessário intubá-lo. Disseram que nem precisaríamos ir para casa, que poderíamos já ir ficando por lá mesmo. Para bom entendedor, o recado estava claríssimo: ele não sobreviveria. Pois bem, a despeito do que os profetas do caos afirmaram, não foi necessário intubá-lo e ele não morreu. Contudo, daí começaram as previsões mais pessimistas e catastróficas imagináveis: nos foi dito que ele dificilmente falaria de novo e que não haveria como recuperá-lo da hemiplegia, pois o caso era “muito grave”. Após operar a cabeça, ele foi sedado por vários dias, e daí sim intubado. Já nesses dias ele já fava alguns sinais de movimento do lado dito paralisado. Quando acordou, estava com afasia. Muitos técnicos de enfermagem, que talvez não tenham um grau de escolaridade muito elevado confundiam a afasia com confusão mental. Minha família que nunca tinha presenciado um caso assim ficou desesperada. Ao questionar uma das médicas sobre as palavras soltas que ele dizia e que não faziam sentido nenhum, ela respondeu em tom de superioridade dizendo que foi um derrame muito extenso e que não podíamos esperar que ele voltasse a ser o que era, pois já era um milagre ele ter sobrevivido.
Pois bem: quando começou a fazer sessões de fonoaudiologia para tirar a sonda de alimentação verificaram que a deglutição dele estava totalmente preservada. Assim, logo começaram a trabalhar com a linguagem. Não chegou no caso dele a ocorrer situações estereotipadas como língua de sogra, rolha e chupeta, mas as profissionais visivelmente o tratavam como criança.
Muitos técnicos de enfermagem quando iam fazer qualquer procedimento com ele, comentavam entre si: “tadinho, ele é confuso, né?”
Mas estava somente afásico, compreendendo absolutamente tudo o que ocorria ao seu redor. Meu pai conhece diversos idiomas. O conhecimento de todos eles estava preservado. Conhece muitos mapas. Comecei a levar para ele mapas no hospital e ele mantinha ABSOLUTAMENTE PRESERVADO todo o conhecimento geográfico dele. Fiz vários testes perguntando fatos históricos e ele respondia perfeitamente bem. Ou seja, confuso eram os profissionais que faziam afirmações exdruxulas sobre o caso.
Quanto à fisioterapia, nos dois meses de hospital ele fez sessões diárias, que não davam muito retorno. No entanto, depois que voltou para casa, em apenas 4 sessões o fisioterapeuta recuperou a totalidade dos movimentos da perna direita dele e se livrou de uma vez por todas de usar fraldas geriátricas.
Diversos foram os profissionais de fonoaudiologia que o avaliaram em casa antes de chegarmos ao Professor Simon Wajntraub. Contudo, nenhum deles trabalhava de fato para reabilitá-lo. Destacavam a profundidade da lesão, e afirmavam que dificilmente ele voltaria a exercer alguma atividade profissional. Outra profissional disse em tom irônico: “tenho minhas dúvidas”. Pois bem, quem inicia um tratamento partindo de um pressuposto derrotista jamais buscará a vitória, jamais trabalhará para recuperar de fato qualquer coisa que seja. Se um time entra em campo já pensando que o adversário é forte e que não tem chance, perde de goleada. Isso é líquido e certo.
Ao iniciarmos o tratamento com o Fonoaudiólogo Simon, as melhoras foram surpreendentes. Claro que ainda há um longo caminho para percorrer, estamos no início do tratamento e ele ainda encontra-se afásico. Contudo, já nos primeiros atendimentos, a voz do meu pai já ficou muito próxima do que ela era antes do AVC. Mais do que isso, ele tem cantado músicas em vários idiomas que ele conhece sem olhar a letra, só lembrando de cabeça. A participação nas aulas de oratória do Prof. Simon Wajntraub tem sido muito proveitosa. Nessas aulas e nos atendimentos individuais ele é tratado como adulto e fala de assuntos do interesse dele. O Fonoaudiólogo Simon, num dos atendimentos presenciais em minha casa fez um exercício excelente: colocou um fone com música alta no ouvido de meu pai para que ao falar ele tivesse que aumentar o tom da voz. Junto com isso, deu um livro em inglês e pediu para que ele lesse em voz alta. Leu perfeitamente. Depois, aumentou o volume e pediu para que lesse em voz alta, traduzindo para o português. A tradução saiu perfeita.
Tudo indica, que ele tem chances reais de se recuperar à medida que avance no tratamento. Para a desgraça das previsões pessimistas dos profetas do caos.
Novidades no caso de Francis Albert.
No início do mês de novembro de 2013 meu pai iniciou o tratamento para afasia com o Fonoaudiólogo Simon Wajntraub. Não vou relatar aqui toda a história anterior ao início do tratamento, pois ela está toda relatada em outra postagem no site do Prof. Simon. Para fins do presente relato, basta lembrar que o AVC que o fez perder a fala foi em julho de 2013 e que diversos profissionais o condenaram a uma vida de dependência. Quatro meses após o AVC, Simon fez presencialmente uma consulta de avaliação do caso de meu pai, e então iniciou o tratamento que passou a ser realizado via internet no SKYPE com Simon e a sua filha Elka. Além dos atendimentos individuais, meu pai frequenta as aulas de oratória em grupo pelo SKYPE, o que é de grande importância para o tratamento. A despeito de a maior parte dos atendimentos serem realizados por meio eletrônico, de vez em quando o Fonoaudiólogo Simon atende o meu pai presencialmente em casa no bairro da Granja Viana em São Paulo. Embora esteja evoluindo bem no tratamento, meu pai foi acometido semanas atrás por uma convulsão, e sua voz estava bem baixa, de modo que era necessário fazer um esforço para compreender o que ele estava querendo dizer. Na ultima sexta feira, depois que Simon colocou um headfone com uma música mais alta para abafar a audição do meu pai e ele soltou a voz com grande imponência em alto e bom som.
Antes de realizar o atendimento, Simon pediu-me para que separasse para ele fotos de festas, inclusive dos dois casamentos do meu pai, fotos dos pais dele e dos meus irmãos, além das filmagens que tivéssemos. Separei o material conforme Simon me pedira. Tudo isso foi mostrado a ele durante o atendimento. A enfermeira e o fisioterapeuta assistiram a tudo e ficaram impressionados.
Ainda na sexta-feira meu recebeu visita de duas colegas dele de universidade que se admiraram do quanto ele estava se comunicando bem e disseram achar que talvez não esteja tão distante o dia em que terão novamente meu pai no convívio acadêmico. Mantive durante o fim de semana a rotina de exercícios que aprendi durante esse tempo em que estamos tratando com o método de Simon Wajntraub. Esses exercícios consistem em leituras em voz alta e na cantoria de músicas durante um período que varia de 45 minutos a uma hora. Durante a leitura de todos os dias fazendo com meu pai o exercício de fazê-lo ler com o headfone, o que tem deixado a voz dele no tom certo. As colegas dele disseram que estava já com a voz de antes do AVC, com o que eu concordo.
No sábado fomos comer pizza na casa de uns amigos de meus pais e no caminho pedi que meu pai fosse o co-piloto, passando as marchas do carro, ligando seta para sinalizar, etc. Ele desempenhou a função perfeitamente. Em nenhum momento precisei trocar as marchas. Ele me avisava a hora e eu só pisava na embreagem para que ele usando a mão esquerda movesse a alavanca do câmbio. O interessante é que todo o reflexo de motorista e a audição para perceber quando o motor está pedindo marcha estão perfeitamente preservados.
No domingo meu pai recebeu a visita de uma aluna com o marido. Interagiu perfeitamente bem, apesar das dificuldades conseguiu se comunicar de modo que todos entendiam o que ele queria dizer e com o tom de voz correto.
Hoje fiz um outro teste com ele: ao invés de deixá-lo confinado na sala de TV como geralmente fica, levei ele andando (e houve quem dissesse que ele não andaria mais) até o escritório dele para que ele tentasse abrir o facebook pois a aluna que o visitou domingo postou uma foto que queria que ele visse. Apesar de lembrar a senha e o login ele teve uma enorme dificuldade para digitar e para encontrar as letras. Muitas vezes digitava duas vezes a mesma letra ou então uma letra errada e logo depois a certa. Apesar disso, após um tempo e comigo dizendo quando digitava errado, conseguiu entrar. Foi a primeira vez desde o AVC em que ele entrou no escritório, sentou-se na cadeira dele e abriu o computador que é dele mesmo.
Embora ainda existam GRANDES dificuldades, a cada dia fica claro como elas são superáveis com esforço, disciplina e dedicação. O tratamento tem se mostrado promissor e os resultados são concretos. Grande parte das pessoas se conforma com pareceres negativos e pensam em meios de se conformar com a situação, adotando clichês de livros de auto-ajuda que versam sobre aceitação. Porém, a história é repleta de exemplos de pessoas que não entraram nessa linha de raciocínio, que superaram limites e que em suma, moveram montanhas. A ciência evolui justamente porque existem pessoas que não se conformam com o “não” e movem todos os esforços possíveis para desconstruí-los. Considero que o Fonoaudiólogo Simon Wajntraub é um desses cientistas que movem montanhas.
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